Pesquisa revela hábitos e desafios dos turistas com deficiência
O Ministério do Turismo, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), lançou os resultados da pesquisa “Turismo Acessível: Mapeamento do Perfil do Turista com Deficiência”. A iniciativa teve como objetivo mapear o perfil dos turistas com deficiência, seus hábitos de viagem e a influência da acessibilidade na escolha do destino e do atrativo turístico.
De acordo com a pesquisa, o turista com deficiência visual é o que mais viaja sozinho, enquanto os grupos com deficiência física, intelectual e mobilidade reduzida têm alta incidência de viagens acompanhadas. Além disso, o grupo de pessoas com deficiência intelectual, mental ou com transtorno do espectro autista são os que têm a maior porcentagem de sempre viajar acompanhados. Os entrevistados destacaram a importância de ter informações adequadas e precisas sobre a acessibilidade do lugar de acordo com o tipo de deficiência.
A pesquisa também mostrou a necessidade da acessibilidade atitudinal no setor turístico, que é considerada um fator de maior relevância para todos os tipos de turistas na hora de fazer uma viagem. Quando questionados se deixariam de visitar um atrativo turístico por ausência de acessibilidade atitudinal, os turistas indicaram que sim, sem haver diferença estatística relevante entre os perfis de pessoas com deficiência.
A pesquisa foi realizada com respondentes de todo o país, sendo 58,60% de turistas com deficiência, 25,53% sem deficiência e 15,88% de turistas com mobilidade reduzida. A maioria dos respondentes são pessoas com deficiência física (34,91%) seguido de turistas com deficiência intelectual/mental ou transtorno de espectro autismo (12.11%).
O MTur espera incentivar ações no mercado interno para adaptar os destinos e atrativos, bem como estimular o consumo de produtos turísticos acessíveis por clientes potenciais.
Foto: Mabel Amber (Pixabay)
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