Cachaçarias realizam visitas guiadas e visam crescimento para 2024
Após um período de baixas devido à pandemia da Covid-19, o setor de turismo apresentou uma grande recuperação com a retomada do setor, especialmente em 2023, devido ao maior número de feriados prolongados, em comparação a 2022.
Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontavam uma expectativa de faturamento de R$ 74,3 bilhões para 2023, uma alta de 18% desde 2018.
Com as altas expectativas, as cachaçarias decidiram investir em roteiros gastronômicos dentro de suas próprias fábricas para criar um laço mais próximo com seus consumidores e atrair turistas que queiram conhecer mais sobre o universo das bebidas, como a cachaça, que se tornou um símbolo nacional e é produzida em mais de 800 cidades brasileiras, de acordo com dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Algo semelhante aos investimentos com a rota do queijo em São Paulo.
O diretor da cachaçaria Weber Haus, Evandro Weber, diz que as visitas guiadas são cada vez mais procuradas e têm boas projeções para 2024. Segundo ele, as visitas são uma oportunidade de as pessoas criarem mais experiências sobre a cachaça, “então eles [visitantes] querem ter a experiência de como é a produção da cachaça”.
“Tivemos uma alta leve de 5% esse ano e a expectativa para 2024 é continuar crescendo, tudo depende do mercado, mas nossa expectativa é crescer 5% no próximo ano. O resultado disso é que as pessoas querem ter novas experiências e saber mais sobre a [história da] nossa bebida nacional", diz Evandro ao iG Turismo.
Fábio Mattioli, proprietário da cachaçaria Mazuma Mineira, aponta que não há um registro exato do número de visitantes, porém, até setembro deste ano eles estavam crescendo. "De outubro até o momento, deu uma estabilizada. Esperamos que em 2024 as visitas guiadas tenham [novo] crescimento."
Já Fernando Tonoli, diretor e responsável técnico do Alambique JP, diz que a empresa busca oferecer visitas mais informais, sem custos aos visitantes. “Hoje nós trabalhamos mais com grupo de excursão, algo mais informal, tanto que nós nem cobramos por isso. Nossa intenção é estruturar a cachaçaria para tornar as visitações guiadas um produto nosso”, diz ao iG Turismo.
Ele explica que, dessa forma, as excursões na cachaçaria vêm aumentando: “Hoje praticamente nós recebemos [excursões] todo final de semana, enquanto no ano passado era uma a cada um mês ou dois meses.”
Segundo o diretor, hoje as excursões no Alambique JP são mais voltadas para a loja e apresentação dos produtos, mas os planos são de expansão.
“Queremos para o ano que vem explorar mais a fábrica, para proporcionar uma experiência melhor e fazer visitas para grupos menores também. Nossa expectativa é que as excursões aumentem no mínimo 25%. Estamos em contato com várias agências de turismo que querem nos incluir nos roteiros”, revela Fernando.
Evandro Weber convida as pessoas que queiram ver de perto como a bebida é produzida, para conhecer e andar por onde a cachaça e outras bebidas são fabricadas. Para ele, o passeio é uma boa pedida para quem deseja produzir conteúdo para as redes sociais.
Fonte: IG Turismo
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