Para viajar com saúde e segurança, saiba que vacina tomar
No início do ano, um surto de sarampo, que começou na Disney e se espalhou pelos EUA, assustou quem pretendia passar as férias por lá. O vírus se disseminou, especialmente entre as pessoas não vacinadas. O aumento de crianças não imunizadas naquele país se deve a um artigo publicado em 1998 na "The Lancet", importante revista científica, e desacreditado alguns anos depois. Nele, o agora ex-médico britânico Andrew Wakefield relacionava o surgimento do autismo à vacinação (ele foi sentenciado por fraude).
Por sorte, a maioria dos governos não acreditou no estudo. E, graças às vacinas, diferentes doenças já foram erradicadas. Hoje, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a febre amarela é a única vacina que pode ser exigida dos viajantes ao entrar nos países.
Mas diversas outras vacinas (como contra o sarampo), além de ações de prevenção, são recomendadas, dependendo do destino. No caso da vacina contra a febre amarela, a importância é tão grande, que vários países exigem que turistas apresentem um certificado no check-in.
O Brasil é considerado um país endêmico para a febre, já que há casos registrados em quase todo o território nacional. Por conta disso, nações como Austrália, África do Sul, Costa Rica, China e Bahamas, entre outras, exigem que o brasileiro possua o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia, emitido pela Anvisa.
A vacina é oferecida gratuitamente, em diferentes postos de imunização em todo o país, e o certificado pode ser tirado na hora, dependendo do local, ou no aeroporto.
Mas atenção: quem vai viajar para algum país que exige a profilaxia, precisa tomar a vacina ao menos dez dias antes do embarque, tempo necessário para ela fazer efeito.
Recomendação para quem vem ao Brasil: O Brasil não exige vacinação contra a febre para turistas, mas a recomenda para quem visitar principalmente as áreas de mata. Além dela, o país indica outras ações para prevenir doenças comuns no país. O conselho da Anvisa e da médica Flávia Bravo, coordenadora do Centro de Medicina do Viajante (CBMEVi), é procurar um especialista e, dependendo da viagem, traçar um plano de imunização: "Dependendo do lugar, dá para evitar doenças apenas com uso de repelente, medicação ou mesmo com vacinas mais específicas".
Foto: Alexandre Auler (Jornal O Globo)
Com informações: Jornal O Globo (RJ)
Com informações: Jornal O Globo (RJ)
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