Setor de parques, atrações turísticas e entretenimento prevê crescimento no Brasil com investimento bilionário
O mercado de parques, atrações turísticas e entretenimento está otimista em relação ao setor de viagens e lazer no Brasil nos próximos anos. De acordo com um estudo realizado pelo Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat) e pela Associação Brasileira de Parques e Atrações (Adibra), o país deve contar com 63 novos empreendimentos do segmento até 2027, com um investimento total de R$ 9,6 bilhões e a criação de mais de 11 mil empregos fixos diretos.
Daniela Carneiro, que já foi ministra do Turismo, enfatiza a importância desses novos empreendimentos para o setor e destaca o trabalho do governo para atrair cada vez mais investidores, gerando empregos e renda através do turismo. “Sabemos do potencial que o nosso país tem, afinal, o Brasil possui alguns dos parques aquáticos e temáticos mais visitados do mundo. O que temos que fazer é trabalhar esse potencial, através da atração de investimentos e de novos empreendimentos para o desenvolvimento da atividade”, disse.
Os novos parques serão instalados em mais de 40 cidades de 16 estados do país, sendo a maioria deles (76%) nas regiões Sul e Sudeste. Do total de projetos futuros, observa-se uma concentração em atrações turísticas (32%) e parques aquáticos (29%), incluindo a construção de teleféricos e rodas gigantes. Recentemente, a cidade de São Paulo inaugurou a maior roda-gigante da América Latina, chamada de Roda Rico, com 91 metros de altura, disponível para visitação no Parque Candido Portinari, ao lado do Parque Villa-Lobos.
A presidente da Adibra, Vanessa Costa, destaca que as medidas governamentais foram importantes para a atração de mais investimentos para o setor, incluindo os incentivos fiscais concedidos, que possibilitaram a manutenção das operações das empresas do setor, a realização de investimentos e motivaram o aumento dos volumes investidos.
O Ministério do Turismo também realizou ações para o desenvolvimento do segmento no país, como a articulação para a isenção permanente de imposto de importação de equipamentos, com o objetivo de viabilizar mais desenvolvimento e ampliar a visitação nas cidades sede dos atrativos. Com a isenção, os parques foram beneficiados e conseguiram adquirir novos equipamentos, gerando mais empregos e fomentando mais renda para a região.
Em 2022, o setor de parques, atrações turísticas e empreendimentos de entretenimento recebeu mais de 89 milhões de visitantes e faturou R$ 7,1 bilhões, sendo responsável por mais de 35 mil empregos diretos fixos, além dos terceirizados e 130 mil indiretos. Para 2023, a expectativa é que o número de visitantes ultrapasse os 100 milhões, registrando um crescimento de 18%. “Os parques e atrações são âncoras do desenvolvimento turístico, impactando fortemente na economia em que estão inseridos e com grande geração de empregos indiretos”, disse o presidente do Conselho do Sindepat, Murilo Pascoal.
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