Ilha de Itaparica: o que fazer e como chegar no charmoso "Caribe baiano"
Um mar caribenho, transparente e em vários tons, com águas mornas e tranquilas, casarões centenários com arquitetura preservada e charmosas ruas de paralelepípedo. A ilha de Itaparica, na Bahia, é um lugar com vizinhos com cadeiras nas calçadas curtindo a brisa do mar.
A maior ilha da Baía de Todos os Santos está a 13 quilômetros de Salvador por via marítima. É cercada por arrecifes de corais, tem uma exuberante vegetação tropical, manguezais e lindos coqueirais. Até hoje sua beleza exerce fascínio e uma conexão mágica com todos que passam por lá.
Onde ir: Com o sol garantido quase o ano inteiro, a ilha é um bom programa em qualquer época, mas no verão ela fica mais movimentada com a chegada dos veranistas.
O que fazer: Além de ser um destino que convida a contemplar cada movimento do sol, do mar e da lua, Itaparica também tem muita história e a pequena cidade pode ser explorada em apenas um dia.
Comece o passeio pelo Campo Formoso, passando por uma pracinha com casas coloridas e históricas. Siga em direção à Praça dos Veranistas pelas ruas de paralelepípedo que ainda revestem todos os caminhos da cidade, passando pela rua do Grande Hotel e da Biblioteca.
Aprecie a maravilhosa vista que se abre em frente à praça com lindas árvores de flamboyants cobertas de flores vermelhas em contraste com o mar. Olhando para a direita, dá para contemplar a cidade de Salvador e uma parte da bela praia de Ponta de Areia.
O Boulevard: Siga para a esquerda, caminhando pelo jardim da Casa Rosa em direção ao charmoso Boulevard, a rua mais charmosa e tradicional da cidade, arborizada e de frente para a praia, onde ainda se vê alguns exemplares preservados de casarões do século 19.
As praias: Na frente do Boulevard, se a maré estiver cheia, não resista a dar um mergulho e apreciar a delícia de uma enorme piscina de água morna e transparente.
Se a maré estiver vazia, aproveite para se divertir na areia, cavando com as mãos até encontrar centenas de “chumbinhos”, as pequenas conchas fechadas do marisco, que rendem uma deliciosa moqueca para o almoço.
Siga em direção à próxima praça, onde está a Praia do Forte, que costuma receber mais gente e tem estrutura de barraquinhas e baianas de acarajé em ambiente bem improvisado e descontraído.
Não deixe de pedir o picolé do Picolaishon, a maior atração da praia, com seu chapéu imenso e carrinho de picolé com som de trio elétrico, o divertido rapaz tem conversa animada, põe os banhistas para dançar e joga picolés para as crianças quando elas estão no mar.
Um pouco mais afastada, a Praia da Ponta de Areia é a preferida para quem faz passeios de escuna.
Forte de São Lourenço: O belo Forte de São Lourenço debruçado na curva da praia onde antes era conhecido como Ponta da Baleia, foi reconstruído sobre as ruínas da antiga fortificação holandesa no início do século 18.
Dele partiram alguns dos ataques que frustraram o desembarque das esquadras portuguesas no dia histórico da vitória dos Itaparicanos sobre os Lusitanos em 7 de janeiro de 1823.
Casa do Escritor João Ubaldo: Do lado oposto, veja onde o escritor João Ubaldo passava seus dias de ócio, na sua casa, deitado na rede entre as mangueiras. Imagine quanta inspiração e quantas obras devem ter começado ali.
O Solar do Rei: Continuando o passeio em direção à ponte, observe a beleza do forte, a calma prainha entre ele e a ponte e o lindo casarão amarelo conhecido com Solar do Rei. Construído pelo armador de Baleias, João Francisco de Oliveira no início do século 17. A casa hospedou figuras ilustres, dentre elas, nada menos que D. João VI em 1808, D. Pedro I em 1826 e D. Pedro II em 1859, que na época esteve lá para visitar um importante depósito de pólvora abrigado na ilha.
Ponta das Baleias: Além do mar, aprecie a beleza da Capelinha de Nossa Senhora da Piedade, em estilo neogótico, reinaugurada em 1923 no centenário da Independência, como gratidão à histórica vitória sobre os portugueses.
Entre pelo colorido beco das Beatas em direção à Igreja de São Lourenço, a mais antiga na cidade de Itaparica, construída pelos armadores de baleia no início do século 17. E a igreja do Santíssimo Sacramento que foi construída no final do século 18.
Pôr do sol no mar: Conheça o artesanato da ilha no casarão histórico que também abriga a prefeitura e depois, tome um sorvete enquanto assiste a um lindo pôr do sol na praça onde João Ubaldo reunia os amigos para um delicioso almoço do bar do Negão.
Mercado e calçadão: Seguindo em direção à Marina, caminhe pelo calçadão à beira mar, passando pelo antigo mercado, sempre cheio pela manhã onde veranistas e moradores costumam comprar peixes e mariscos frescos. Tome uma água de coco enquanto contempla o mar ou se estiver com fome, faça uma pausa gastronômica em um dos restaurantes da Marina.
Fonte da Juventude: Em frente à Marina está a famosa Fonte da Bica, que desde o início do século 18 ficou conhecida pela “pureza da água santa” e das propriedades minerais de sua água, recomendada para cura de doenças, principalmente para os distúrbios digestivos.
Por muito tempo também passou a ser chamada de “Fonte da Juventude”. No azulejo, a frase “Êh! Água fina, faz velha virá menina”.
Banhos de Lama: Além das águas mineiras curativas, Itaparica também já foi conhecida pelos banhos de lama da antiga praia do Convento, consideradas milagrosas para a cura de algumas doenças.
Foto: Ana Paula Garrido (UOL)
Com informações: UOL
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