Conheça as praias do sul de Floripa e escolha onde passar as férias
Ainda pouco explorado, o lado sul da ilha de Florianópolis tem piscinas naturais com água azulbebê, mar com ondas fortes, faixas de areia extensas e trilhas no meio da mata atlântica.
Veja abaixo opções de praias nessa região da capital catarinense para planejar as próximas férias:
Campeche: Surfistas e kitesurfistas adoram essa praia, com cerca de 3,5 km de extensão, mas seria injusto limitar o Campeche a essas tribos. Entre a areia e as casas, há dunas, patrimônio natural e paisagístico do município, com sua vegetação de restinga.
A orla fica de frente para a ilha de mesmo nome, a cerca de 1,5 km da costa, dona da cor de mar azul-bebê mais imbatível de Floripa, bem caribenha: a Ilha do Campeche. Das praias da Armação, Barra da Lagoa e, é claro, Campeche partem passeios de barco e escuna para a ilha, onde existem sítios arqueológicos com inscrições rupestres com mais de 4.500 anos e trilhas. Sem contar os pontos de mergulho.
O mar do Campeche é grosso, com águas frias, de salinidade geralmente elevada, com ondas fortes.
Saquinho e Solidão: É você, o mar e os costões cobertos de mata. A praia do Saquinho fica numa área de preservação ambiental e possui uma pequenina faixa de areia com ondas que saciam a galera do surfe. Na parte alta, há famílias de pescadores. Para alcançá-la, siga a trilha calçada que sai da praia da Solidão, com uma das vistas mais deslumbrantes do sul de Floripa -ali, um pequeno rio desemboca no mar, em uma praia cercada por morros ainda intactos. Há uma piscina natural formada por uma cascata que fica pertinho. No meio da semana, o lugar é deserto.
Açores: Encravada entre as praias do Pântano do Sul e da Solidão, é mais tranquila, bem familiar, ideal para curtir um sossego. A praia tem faixa de areia clara não muito estreita, com águas azuis e frias e ondas medianas. É possível ver as ilhas Três Irmãs e a Moleques do Sul.
Há ainda morros como do Pântano, da Costa de Dentro, do Trombudo e do Córrego dos Naufragados, que oferecem trilhas ecológicas em meio à mata atlântica.
Naufragados: No extremo sul da ilha, a praia de areia batida e escura é um convite para fazer longas caminhadas em meio à natureza e dar de cara com o mar bravo. A região conta apenas com a natureza e alguns bares de moradores locais. Não é recomendada para crianças.
A trilha, com trajetos acentuados, que sai da Caieira da Barra do Sul é a mais indicada. Demora cerca de uma hora de caminhada. Há um farol no canto direito, com vista para a baía da Palhoça. Também é possível, em dias de mar calmo, ir de barco (cerca de 25 minutos).
Lagoinha do Leste: A dificuldade de se chegar à praia mais bela da ilha de Santa Catarina é o principal fator que ajuda a preservá-la praticamente intocável.
Há três modos de se chegar até lá: duas opções de trilha, uma saindo da praia do Matadeiro, com cerca de três horas de caminhada e paisagens incríveis pelo caminho, porém de maior dificuldade, e outra partindo do Pântano do Sul, com cerca de uma hora, passando pelo meio do mato e dos morros. É o acesso mais utilizado.
Dá para ir também, a depender da maré, de barco, que sai do Pântano do Sul. Faixa de areia fofa, branquinha e quase sempre sossegada separa o mar de ondas fortes do riacho que forma um lago para banho. Por causa disso, ganhou esse nome. Vá como puder, mas não deixe de ir!
Pântano do Sul: Lá pelo lado do sul da ilha se diz "pãdussu". É de lá que sai a trilha, com cerca de 4 km de extensão, até a mais selvagem das praias selvagens de Floripa: Lagoinha do Leste.
Maior e mais tradicional praia de pesca de Santa Catarina, com colônias de pescadores que praticam os cercos de tainha com arrastões, Pântano do Sul, não à toa, é repleta de barcos, principalmente do lado esquerdo.
Aquele pedaço com cerca de 3 km de extensão, habitado pelos autênticos manezinhos, abriga um dos bares mais tradicionais da cidade, o Bar do Arante, que é famoso pelos bilhetinhos escritos pelos frequentadores.
Matadeiro: Se existe uma praia em Floripa onde não há resquícios da chamada civilização essa praia é a do Matadeiro -vale lembrar que o nome se deve ao fato de que era ali que se fazia o abate de baleias.
Não há carros, nem hotéis ou pousadas -nem ambulantes, muito menos a barulheira típica das cidades. A natureza, essa diva, se faz soberana. Atenção quanto ao mar: as águas, cristalinas, formam ondas fortes.
Aos aventureiros, uma trilha que parte dali leva até a praia da Lagoinha do Leste, um dos destinos de Florianópolis que sofreram menor intervenção humana. Na maré baixa, dá para atravessar caminhando pelo rio. Mas há uma ponte para os transeuntes.
Lagoa do Peri: Maior lagoa de água doce potável da costa catarinense, ela tem 5 km² de espelho d'água, com pontos de profundidade que superam dez metros, e fica dentro do Parque Municipal da Lagoa do Peri, reserva com muita sombra, que ajuda a embolar uma soneca debaixo das árvores.
A lagoa é abastecida por um conjunto de mananciais hídricos que nascem nas encostas do sul da ilha. Menos explorada que a lagoa da Conceição, a do Peri ainda guarda mata atlântica primária. Suas águas não são afetadas pelas oscilações da maré, pois está a cerca de 3 metros acima do nível do mar. Em volta do local, belas trilhas conduzem o visitante a, acredite, cachoeiras e a antigos engenhos coloniais.
Armação: Essa aqui é para mergulhar no clima de vilarejo de pescadores. A antiga igreja de Sant'Ana é o núcleo centralizador da região e virou um marco desde a época da caça a baleias, no século 18.
No lugar, há uma boa estrutura de bares, restaurantes e empresas que promovem o turismo no sul da ilha. Fora das temporadas de veraneio, a Armação ainda conserva recantos de silêncio e tranquilidade. Com cerca de três quilômetros de extensão, há tanto trechos com ondas calmas quanto pedaços com mar agitado.
Faz limite ao sul com a ilha das Campanhas. Um rio divide o espaço com a praia do Matadeiro. O nome vem da época em que eram instaladas ali armações para a pesca de baleias.
Era na igreja que os arpoadores e tripulantes de baleeiras se confessavam e ouviam a missa antes de se lançarem ao mar. Em seguida, o sacerdote descia à areia para benzer as embarcações que estavam prontas para partir, rotina essa que ocorreu até meados dos anos 1920.
Ribeirão da Ilha: A praia aqui é mais para ver e menos para se jogar. Pare o carro nos arredores da igreja Nossa Senhora da Lapa, que começou a ser construída em 1760, símbolo do lugar. Caminhe para observar resquícios dos traços arquitetônicos dos séculos 18 e 19 e prosear com seus simpáticos moradores.
O Ribeirão da Ilha é a segunda colônia a se desenvolver na antiga vila de Desterro, atual Florianópolis. Traços herdados dos açorianos ainda permanecem por ali, com uma pitadinha de embalagem turística, é claro. Por causa do cultivo de moluscos, a região se tornou um polo gastronômico: ostras e frutos do mar são a base da culinária local.
Fotos: Roberto de Oliveira (Folhapress / Folha de S. Paulo)
Com informações: Folha de S. Paulo
Com informações: Folha de S. Paulo
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