SP: Grátis ou pagos, tours guiados de bike mostram pontos turísticos
Há 17 anos parecia uma ideia impossível (para não dizer imprudente) oferecer um tour turístico a bordo de uma bicicleta para circular no trânsito caótico e violento de São Paulo. De lá para cá, o panorama da maior cidade brasileira não mudou muito, mas a ideia de ter roteiros temáticos sobre duas rodas persistiu na cabeça dos irmãos André e Daniel Moral.
Esses dois paulistanos são fundadores do Bike Tour SP, um projeto criado em 2013 que oferece passeios gratuitos acompanhados por monitores e com informações históricas e curiosidades de cada atração visitada - que podem ser ouvidas a partir de um sistema de áudio acoplado ao capacete dos ciclistas, conhecido como Audiotour.
E enquanto o trânsito segue inerte sobre quatro rodas, visitantes em bicicletas circulam sem pressa entre ícones paulistanos, como as construções centenárias do centro histórico da cidade e as ciclovias do Parque Ibirapuera e das avenidas Paulista e Faria Lima.
Com investimento inicial de apenas oito magrelas (incluindo as suas próprias bicicletas particulares), André e Daniel hoje já contam com mais de 50 bikes que são usadas nas quatro rotas em funcionamento e têm apoio da Prefeitura de São Paulo desde outubro de 2013.
O projeto, que funciona há quase dois anos, atualmente recebe 800 pessoas por mês, com idades que variam de 25 a 45 anos. As rotas mais procuradas são as que passam pela avenida Paulista (Casa das Rosas, Edifício Gazeta, MASP, Palacete Franco de Mello e Conjunto Nacional) e pelo centro histórico (Viaduto do Chá, Praça da Sé, Pátio do Colégio e o edifício Martinelli).
Com até 5 km de extensão e baixa variação de altitude, os roteiros circulares também incluem a avenida Faria Lima, com paradas no Museu da Casa Brasileira, no shopping Iguatemi e no Instituto Tomie Ohtake.
Além do pedal guiado de graça, os ciclistas ainda são recebidos com um serviço completo com informações das atrações, como exposições em cartaz, horários de visita e preços dos ingressos.
"São rotas sempre seguras, localizadas em parque, calçadões, ciclovias e ciclofaixas", alerta André. Pessoas com necessidades especiais, como cadeirantes e deficientes visuais, contam com uma rota exclusiva para eles, na avenida Paulista. É uma espécie de trenzinho em que os participantes passeiam a bordo de três triciclos, conectados por uma bicicleta puxada por um dos voluntários que participam do projeto.
Outro roteiro disponível na cidade (mas pago) é o SP Ciclo Tour, realizado pela agência Infinity. O passeio que acontece aos domingos passa por endereços históricos da cidade, como o Palácio da Justiça, o Mosteiro São Bento e o Mercado Municipal, é costurado por curiosidades contadas pelos guias que acompanham grupos de até oito ciclistas.
Faça você mesmo: Você é do tipo independente e quer fazer seu próprio roteiro? Há opção de aluguel de bicicletas em diversos pontos espalhados pela cidade de São Paulo, cujos serviços são mantidos por instituições financeiras.
O Ciclo Sampa, por exemplo, tem 18 estações interligadas às ciclovias já existentes, nas regiões da avenida Paulista e das zonas sul e oeste de São Paulo. Patrocinadas pela Bradesco Seguros, as bicicletas desse projeto são equipadas com pneus que não furam e não possuem correia.
Já o Bike Sampa, do banco Itaú, abriga estações conectadas a uma central de operações via wireless, alimentadas por energia solar, que libera bicicletas para usuários previamente cadastrados, em diferentes pontos da cidade.
Foto e informações: Uol
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