Brasil na onda: Conheça as praias brasileiras preferidas pelos surfistas
Para quem gosta de surfar, não há tempo ruim: faça chuva ou faça sol, eles estão sempre nas praias em busca da onda perfeita. Durante o inverno, as ondulações aumentam e a ausência de banhistas na praia torna a experiência ainda mais emocionante, já que não há obstáculos nas águas geladas do mar. Mergulhamos fundo para descobrir as praias brasileiras mais frequentadas pelos surfistas e montamos uma galeria de tirar o fôlego dos amantes do esporte.
Pernambuco:
Cacimba do Padre - Com aproximadamente 900 m de extensão, Cacimba do Padre é uma das maiores praias da região e abriga o Morro Dois Irmãos, famoso cartão postal de Fernando de Noronha (foto). Um de seus pontos positivos é que as temporadas são bem definidas: o surf fica em alta entre os meses de dezembro a abril, enquanto no período entre maio e novembro o mergulho é favorecido. A praia é considerada o paraíso das ondas tubulares – durante a temporada de surf elas podem chegar a 4 m de altura. E, veja, apesar do nome curioso, a praia da Cacimba do Padre nem sempre se chamou assim. Ela ganhou a alcunha em 1888, quando um padre descobriu uma fonte de água potável no local – antes era conhecida como Praia da Quixaba.
Praia do Cupe – Ao lado de Porto de Galinhas, a Praia do Cupe não tem apenas águas cristalinas e mansas como as praias à sua volta. Ali, a bela paisagem inclui o mar bravio e perigoso. Sorte dos surfistas, que acabam tendo mais liberdade para desbravar as ondas sem nenhum obstáculo pela frente. A melhor época para curtir as ondas do Cupe é durante o verão, quando elas estão a todo vapor, chegando a até 1 m e meio de altura. Mas há um cantinho ao menos de mar mais manso, no canto esquerdo da praia, onde se formam piscinas naturais. E já que maioria dos hotéis e pousadas estão localizados na Praia do Cupe, que tal já ficar por perto?
Rio de Janeiro:
Itacoatiara – Palco de torneios de surf como o Circuito Mundial de Bodyboard e ASN Hot Buttered, a praia de Itacoatiara fica em Niterói, no Rio de Janeiro. Ideal para surfistas mais experientes, quem frequenta já conhece as 'manhas' do lugar: bodyboarders dominam a parte do meio da praia, onde a cavidade do mar é maior, e quem tenta dar uma de espertinho 'rabeando' outro surfista, acaba sendo 'rabeado' também. Saindo do centro de Niterói, a ida de carro dura em torno de uma hora. Um detalhe: a praia é frequentada por nomes conhecidos da modalidade como Bruno Santos (ganhador do Teahupo WCT 2008 ), Guilherme Herdy (recordista no Hang Loose Pro Contest) e o shaper Ricardo Martins.
Santa Catarina:
Santinho – Situada ao norte de Florianópolis, não é à toa que a Praia do Santinho é considerada pelos surfistas como uma das melhores da ilha de Santa Catarina. Com ventos vindos de norte a sudoeste, suas ondas chegam a atingir quase 2,5 m de altura. Pescadores e surfistas dividem seu espaço no costão esquerdo da praia, onde banhistas não se atrevem a nadar. Lá também é comum a prática de surfrafting (adrenailha.com.br), modalidade praticada em um bote de rafting adaptado para o esporte. Há instrutores na praia durante todo o ano, só é preciso ser maior de 12 anos.
Apesar de o inverno ser a melhor época para se pegar onda na Praia do Santinho, a estação coincide com um importante acontecimento no litoral catarinese, conhecido como Pesca da Tainha. Tradição há muitos anos na região, o evento acaba causando conflitos entre pescadores e surfistas, já que a prática do surf é proibida em algumas praias durante a temporada, que costuma durar entre os meses de maio e julho. A Fecasurf (Federação Catarinense de Surf) entrou em acordo com os pescadores e algumas praias em Florianópolis foram liberadas. Na Praia do Santinho, por exemplo, surfar é permitido apenas a 500 m do canto direito da praia.
Paraná:
Pico de Matinhos – Assim como a Praia do Santinho, a melhor época para surfar no Pico de Matinhos é durante o inverno. Famoso por suas ondas longas e tubulares, o vento do local é terral e ideal para o surf. As maiores ondas podem chegar a quase 3 m de altura e a forte correnteza tende a inibir surfistas menos experientes a chegarem até o fundo. Lá a atenção deve ser redobrada, já que as ondas quebram sobre um paredão de pedras que se misturam com a areia da praia.
São Paulo:
Itamambuca - Descoberta pelos surfistas na década de 1970, a praia de Itamambuca, é internacionalmente conhecida por sediar campeonatos de surf como o SuperSurf Internacional (nicoboco.com.br/supersurf) e Brasil Surf Master. Ela fica no meio de uma reserva ecológica e tem uma extensa área de Mata Atlântica nativa, o que deixa o lugar ainda mais atrativo. Durante o verão, o mar fica mais manso, com ondas pequenas ou mesmo sem ondas. Programe-se para surfar durante o outono e o inverno, quando as ondas são potentes, constantes e o céu está sempre azul, tornando a experiência muito mais agradável.
Situada ao norte de Ubatuba, a praia fica a 12 km do centro da cidade e, mesmo durante a alta temporada, é considerada uma das mais calmas do litoral Norte. Além do surf, outra atração bastante procurada é o encontro das águas do rio Itamambuca com o mar. A medida em que a praia se populariozou, sua pequena vila de pescadores foi isolada e deu lugar a condomínios de casas de veraneio e pousadas rústicas e aconchegantes. Sinais de "perigo" alertam os turistas nas áreas com mais correnteza, o que não costuma ser um problema para quem já tem experiência no assunto.
Rio Grande do Norte:
Baía Formosa - Em meio a dunas e falésias avermelhadas, a Baía da Formosa está repleta de praias para os mais variados tipos de surfistas. O local mais procurado pelos locais é o Pontal, que em época de maré cheia é mais indicado para surfistas profissionais. Já os iniciantes preferem ir ao Picão, que fica em frente a uma vila de pescadores e não apresenta tanto perigo por ter menos pedras. Mas independentemente da sua experiência, a Baía da Formosa tem 26 km de convidativas praias quase desertas.
Foto: kenjiys (Flickr / TimeOut)
Fonte: TimeOut
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